Meu herói,
Soldado de chumbo,
Jogado no mundo,
Vezes criança, vezes malícia,
Vezes milícia.
Por que choras, soldado?
Estás adoentado,
És ignorado,
Assume um legado,
Sempre de espírito armado.
Tive outros heróis,
Não sentiam medo,
Nem fome,
Não tinham defeitos,
Nem o choro que consome.
Penso hoje,
Não eram humanos,
Não tinham enganos,
Nem falhavam seus planos,
Para o mundo salvar.
Prefiro ainda, meu soldado,
Que mesmo de chumbo,
Não carrega em seu peito,
Armadura de aço.
Que ao sair de casa,
Deixa à sua espera,
Sua querida família,
Para a dos outros cuidar.
Pobre herói,
Quisera que tua vida fossem flores,
Sem espinhos,
Que hoje, atravessam seu caminho.
Da felicidade de salvar,
Da agonia de matar,
Do medo de morrer,
Da dor de perder.
Em seus braços,
Chora a criança,
Que acaba de nascer.
A mãe, com olhos d’agua,
Se esquece,
Tarda em agradecer.
Por vezes vilão,
Que mata o filho,
De uma pobre senhora.
Por vezes herói,
Que salva vidas,
E, sem ser reconhecido, vai embora.
Obrigada,
Pela ordem restituída,
Por sua vida sofrida,
Por salvar,
Por amar,
Por sofrer,
Por chorar.
Tenha certeza,
Tu és o maior herói,
Longe da perfeição,
És humano,
Também se destrói.
Que num turbilhão de sentimentos,
Tira razão,
Mansidão,
Solidariedade,
Dureza,
Destreza.
És legítimo,
Nos ensina que coragem,
Não é jogar-se ao léo,
É colocar-se, no lugar exato,
Onde tem que estar,
Sem contar com a sorte,
Mesmo que tenha que se entregar,
Heroicamente,
À morte.
Nyhana Policarpo Farina
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