Já dizia meu velho e bom mestre Cazuza,
"Só as mães são felizes".
Parece que é um elo que não se quebra,
Aliás, que só se quebra com a morte.
Isso me faz refletir sobre a eternidade,
Mesmo porque não somos eternos,
Na verdade temos vida limitada.
E acho que descobri alguns "por quê's".
É engraçado, crescemos e não conseguimos cortar os laços maternos,
Não conseguimos dizer "não",
Não conseguimos nem ao menos nos desvencilhar das mães,
É uma coisa meio "umbilical" da vida.
Elas acham que têm o domínio de nossas vidas,
E na verdade têm.
Conseguem nos desconcertar, nos tirar de nossos objetivos,
Conseguem irritar, sem se importar conosco.
Somos sua continuação, um pedacinho delas.
E por isso ninguém é eterno, eu descobri.
Porque esse elo precisa ser quebrado,
E o ciclo continua, porque nos tornamos mães também.
E aí precisamos envelhecer também, e morrer,
Porque esse elo precisa ser quebrado.
Deve ser difícil mesmo ver os filhos tomarem seu caminho sozinhos,
Sem nem ouvir sua opinião, "como é possível isso?".
Talvez se descobrirmos uma forma de cortar de vez esse cordão umbilical,
E se talvez conseguirmos dizer "não".
Talvez assim sejamos eternos,
Já que assim do jeito que é, como dizia meu mestre,
"Só as mães são felizes", literalmente.
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