quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Estações

Tenho uma palavra para nós: “atravessar”,
Porque então não juntamos nosso sofrimento,
Já que estamos no inverno e precisamos nos aquecer?
Podemos juntar nossas estações e criar nosso verão.

Amamos demais, doamos demais,
Como um rio, fluímos para um Mar deserto e frio.
E então sofremos demais, morremos um pouquinho a cada dia.
Criamos uma imensa ilha, de tristeza e solidão.

E agora, que nossos caminhos se encontraram?
Talvez seja o sol, nos dizendo que se juntarmos nossos invernos,
Podemos fazer um lindo verão,
Cheio de vida e calor, “atravessando” mais esta estação.

Nyhana Policarpo Farina

sábado, 6 de agosto de 2011

Nas coisas mais simples

O que a vida me ensinou? Se não consigo e já não quero andar sozinha,
Se persigo e insisto no sonho de ser feliz.
Mesmo que o Universo não concorde com as minhas palavras estranhas,
Quando no cair da noite, percebo os sons silenciosos da cidade a se ascender,
Se esfria meu peito, a falta do amor, se me aquece a solidão.
Já não me consolam os amores de momento, o calor dos corpos que se aquecem por se aproximar.
O que fazer se já não me vejo em nenhum olhar?
Se quero mais da vida, se quero os olhos a brilhar,
Se quero devorar, tocar, sentir, amar...
Todos os verbos passeiam em minha cabeça, e não me deixam dormir,
Querem se expressar, sair do coração e saltar.
Se pudesse escolher do mundo qualquer dádiva, escolheria a mais simples....
Que do amor tivesse o mais lindo presente,
Que você pudesse me amar.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nada mais

Estou mudando, me sinto selvagem,
Prestes a enlouquecer...
Tenho lembranças, de quando meu coração
Estava cheio de amor.
Sem lugar, meus instintos já não podem calar.
Já não consigo mais,
Tenho que gritar,
Mostrar o que está dentro de mim.

Amor, revolta, raiva, ressentimento, arrependimento...
Não consigo esquecer,
Nem tampouco me agredir.
Queria voltar o tempo,
Resgatar em mim aquela que fui,
E que já não existe mais.
Essa ficou nas doces lembranças,
De uma mulher que erra,
Humana e arrependida,
Tenta apagar aqueles tempos,
Que inesquecíveis,
Não voltam mais...

Nyhana Policarpo

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A Busca

Enquanto isso dou meu veredito: continuo em busca do que me completa e faz feliz, e infeliz em minha busca, quase desisto, tardo e por fim descanso, almejando que a resposta caia em meu colo, e pouse em paz e em meus ombros a felicidade.

Você

Há tempos sem inspiração,
Achando que o amor,
Aquele que toca o coração,
Não mais sorriria para mim.

Me vem, num fim de tarde,
Um céu estrelado,
Com a mais bela lua,
Me falando de esperança,
E, quem diria, de amor,

Um lindo olhar,
Poesia simples,
Que aquece num abraço, num afago,
Que faz minha doce inspiração,
Como Phoenix, renascer das cinzas.

Toca minh'alma, doce musa,
Cujo a ânsia de tê-la só faz crescer,
Relicário de amores,
Resumida em uma só palavra,
Você.