quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ainda

Enquanto eu dormia, você foi embora...
Me deixou, em meu sono profundo, cheia de pesadelos e medos...
Então esperei, achando que um dia você voltaria,
Me acordaria da profunda solidão que deixaste, quando foi embora...

E percebi que me enganei, pensei que me salvaria por me amar...
Mas além de não me salvar dos tormentos, me afundaste ainda mais...
Então me vi sozinha, ou melhor, acompanhada, apenas eu e minha solidão...
Deixaste um vazio tão grande, mas tão grande, que fiquei com medo
De sangrar meu amor até a morte...

Perdi meus sentidos, fiquei em desalinho,
Como eu podia guardar nesse meu coração tanto amor, tanto pavor...?
Fiquei entorpecida, pela droga mais devastadora do mundo...a paixão...
Um sentimento tão covarde, que não tem coragem nem de matar,
Só tem espaço para amar.

Sem saber o que fazer, achei que “isso” (o amor), era como uma lembrança,
Como um alimento, que se podia guardar em um recipiente fechado e deixar no canto da despensa...
Ledo engano, não se domina um sentimento assim, Ele é como um cavalo selvagem,
Tem vida própria, sem que possamos perceber, ganha corpo e revela como somos na essência,
Estou com medo de ser eu, com medo de não ter capacidade de deixar te amar...

O que será de mim?
Serei consumida pelo amor que sinto?
Serei redimida?
Terei a capacidade de amar novamente?
Posso te perdoar, ou mesmo me perdoar?
A única coisa absoluta que sei...
Ainda não deixei de te amar...

Nyhana