segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Conhecer

É estranho como algumas pessoas lhe tinham, mas não conheciam,
Nem sequer tentaram saber como pensava, o que sentia.
As insatisfações e amarguras que lhe seguiam,
A delicadeza dos sentimentos, as tormentas de sua vida.

Só lhe viam como musa, a beleza apreciada,
Não atentaram para o que tinhas por dentro,
Não lhe conheceram em sua intensidade,
Lhe foram próximos, mas não íntimos.

Lhe tiveram desejo, atração de carne,
Mas ignoraram espírito, sentimentos de alma.
Lhe tocaram o corpo, mas ignoraram o coração,
Talvez você mesma tenha se perdido nesse mar de ilusão.

O ponto é que, quando se toca a ferida,
Quando se traz a alma em foco,
Alguns sofrimentos também aparecem,
Nos colocam na parede e nos fazem refletir.

Como te amo, tanto de fato como poeticamente,
Quero lhe conhecer, encontrá-la em seus olhares,
Que por vezes se perdem de foco, desviam-se do real,
É como um labirinto, perde-se e encontra-se no espaço-tempo.

Sinto que, por mais que eu possa machucá-la,
Posso trazer-lhe de volta, fazer-te feliz,
Conseguir que o conhecimento liberte sua alma,
Traga-a de volta ao mundo real.

Quero-lhe linda como és,
Complexa, intensa, menina e mulher.
Nesse mar revolto e admirável, cheio de sentimentos,
Quero ser seu porto seguro, sua mansidão.



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